quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Política Espartana

Esparta foi uma das principais polis (cidades-estado) da Grécia Antiga. Situava-se geograficamente na região sudeste da Península do Peloponeso. Destacou-se no aspecto militar, pois foi fundada pelos dórios.

A cidade de Esparta foi fundada no século IX a C pelo povo dório que penetrou pela península em busca de terras férteis. Quatro aldeias da região da Lacônia uniram-se para formar a cidade de Esparta. A cidade cresceu nos séculos seguintes e o aumento populacional fez com que os espartanos buscassem a ampliação de seu território através de guerras. No final do século VIII aC, os espartanos conquistaram toda a planície da Lacônia. Nos anos seguintes, Esparta organizou a formação da Liga do Peloponeso, reunindo o poderio militar de várias polis da região, exceto a rival Argos.
O poder militar de Esparta foi extremamente importante nas Guerras Médicas (contra os persas). Uniu-se a Atenas e outras cidades para impedir a invasão do inimigo comum. O exército espartano foi fundamental na defesa terrestre (Atenas fez a defesa marítima) durante as batalhas. Após as Guerras Médicas, a luta pela hegemonia no território grego colocou Atenas e Esparta em posições contrárias. De 431 a 404, ocorreu a Guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta, que foi vencida pelos espartanos.

Sociedade Espartana

Em Esparta a sociedade era estamental, ou seja, dividida em camadas sociais onde havia pouca mobilidade. A sociedade estava composta da seguinte forma:

Esparcíatas: eram os cidadãos de Esparta. Filhos de mães e pais espartanos, haviam recebido a educação espartana. Esta camada social era composta por políticos, integrantes do exército e ricos proprietários de terras. Só os esparcíatas tinham direitos políticos.

Periecos: eram pequenos comerciantes e artesãos. Moravam na periferia da cidade e não possuíam direitos políticos. Não recebiam educação, porém tinham que combater no exército, quando convocados. Eram obrigados a pagar impostos.

Hilotas: levavam uma vida miserável, pois eram obrigados a trabalhar quase de graça nas terras dos esparcíatas. Não tinham direitos políticos e eram alvos de humilhações e massacres. Chegaram a organizar várias revoltas sociais em Esparta, combatidas com extrema violência pelo exército.

Educação Espartana

O princípio da educação espartana era formar bons soldados para abastecer o exército da polis. Com sete anos de idade o menino esparcíata era enviado pelos pais ao exército. Começava a vida de preparação militar com muitos exercícios físicos e treinamento. Com 30 anos ele se tornava um oficial e ganhava os direitos políticos. A menina espartana também passava por treinamento militar e muita atividade física para ficar saudável e gerar filhos fortes para o exército.

Política Espartana

Reis: a cidade era governada por dois reis que possuíam funções militares e religiosas. Tinham vários privilégios.

Assembléia: constituída pelos cidadãos, que se reuniam na Apella (ao ar livre) uma vez por mês para tomar decisões políticas como, por exemplo, aprovação ou rejeição de leis.

Gerúsia: formada por vinte e oito gerontes (cidadãos com mais de 60 anos) e os dois reis. Elaboram as leis da cidade que eram votadas pela Assembléia.

Éforos: formado por cinco cidadãos, tinham diversos poderes administrativos, militares, judiciais e políticos. Atuavam na política como se fossem verdadeiros chefes de governo.

Religião Espartana

Assim como em outras cidades da Grécia Antiga, em Esparta a religião era politeísta (acreditavam em vários deuses). Arqueólogos encontraram diversos templos nas ruínas de Esparta. Atena (deusa da sabedoria) era a mais cultuada na cidade.




Mitologia, Teatro e Jogos Olímpicos da Grécia Antiga.

O Partenon

                                

Partenon é um símbolo duradouro da Grécia e da democracia, e é visto como um dos maiores monumentos culturais do mundo. O nome Partenon parece derivar da monumental estátua de Atena Partenos abrigada no salão leste da construção. Foi esculpida em marfim e ouro por Fídias e seu epíteto ‘’parthenos’’ (παρθένος — "virgem") refere-se ao estado virginal e solteiro da deusa. O Partenon foi construído para substituir um antigo templo destruído por uma invasão dos persas em 480 a.c


                               

A Democracia em Atenas

                                                  
                                                                      Sólon
                                                            



                                               

                                                                                         Péricles 




     
  • Atenas, como as demais cidades gregas, foi até ao Séc. V a.c. gover­nada por reis (monarquia), nobreza (oligarquia) e por tiranos (tirania). Con­tudo, no século V a. c., estabeleceu-se na cidade-estado de Atenas uma forma de governo diferente das restantes - o regime democrático.
  • Para o estabelecimento deste novo regime político e social foi fundamental a acção de três legisladores - Sólon (c. 640-c. 560 a. c.), Clístenes (508-462 a. C) e Péricles (462-429 a. C). Entre as medidas que tomaram, destacam-se as seguintes:



  • Sólon- Redacção de leis iguais para todos os homens livres e fim da escra­vidão por dívidas

  • Clístenes- Divisão da Península da Ática em 100 demos, agrupados em 10 tri­bos; cada tribo, onde todos eram iguais, elegia anualmente os cida­dãos para os vários órgãos do governo da cidade. Procurava-se, assim, evitar que os ricos dominassem a vida política
  • Péricles- Concessão de salários a todos os cidadãos que fossem designados para cargos públicos; desta forma, todos, incluindo os cidadãos mais pobres, podiam participar na vida política.

Os órgãos de poder e as limitações do regime democrático

                                          


  • Na cidade-estado de Atenas, os órgãos de poder eram os seguin­tes :
    • Assembleia do Povo ou Eclésia, constituída por todos os cidadãos, que aprovava as leis, decidia da paz ou da guerra, elegia as magistratu­ras mais importantes e votava o ostracismo;
     
    • Bulé, conselho permanente de 500 cidadãos, sorteados entre as tri­bos (50 por tribo), que elaborava as leis a aprovar pela Eclésia;
     
    • Helieu, tribunal composto por 6000 cidadãos, que julgava os casos de não cumprimento das leis da cidade.
     
    • Para além destes órgãos de poder, distinguiam-se como dirigentes políticos osarcontes e os estrategos.
     
    Assim, o regime democrático trouxe importantes inovações:
     
    • preen­chimento dos cargos políticos através de eleições ou por sorteio
    • duração limitada desses cargos
    • participação dos cidadãos na vida política.
    • democracia ateniense tinha, contudo, as suas limitações. Na ver­dade, só os cidadãos atenienses, cerca de 10% da população, participa­vam na vida política (as mulheres e os filhos dos cidadãos, os metecos e os escravos estavam dela excluídos). A existência de escravos, o imperialismo de Atenas em relação às outras cidades da Liga de Delos e a Lei do Ostracismo são também consideradas como “imperfeições” da democracia ateniense. No entanto, apesar das suas imperfeições, o regime político de Atenas foi seguido em muitas cidades gregas e serviu de modelo às democracias modernas.

A Ágora

                                    
A Ágora era uma praça, a praça principal da pólis, a cidade-estado grega da Antiguidade clássica. A Ágora manifesta-se como a expressão máxima da esfera pública , sendo o espaço público por excelência. É nela que o cidadão grego convive com o outro, onde ocorrem as discussões políticas e os tribunais dos cidadãos se reunem: é, portanto, o espaço por execelência do exercício da cidadania. Por este motivo, a Ágora (juntamente com a Pnyx, o espaço de realização das assembleias) era considerada um símbolo da democracia directa, e, em especial, da democracia ateniense, na qual todos os cidadãos tinham igual voz e direito a voto.
   Retirado daqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ágora .

                                 

A Acrópole de Atenas

                      
                                                   Acrópole em finais do séc. XIX 


Situada na parte alta da cidade de Atenas a Acrópole dominava a parte baixa ou Asty. Na Acrópole foram construídos templos e outros edifícios que fizeram a sua beleza e glória como o Parténon, o Erecthéion, o templo de Atena Niké entre outros. O arranjo da Acrópole foi concebido e dirigido por Péricles e executado em grande parte pelo escultor Fídias na segunda metade do sé. V a. c., entre 447 e 432.Dominando toda a Acrópole , o Parténon é um dos mais belos exemplares da arquitectura grega clássica.

                                  
                                                    Acrópole (Reconstituição)



                             
                                  A Acrópole de Atenas (Visão idealizada)
Atenas, a mais importante cidade-estado grega do século V a. c., ficava situada na Ática. Apesar do solo da Ática ser pobre, a agricul­tura e a pecuária ocupavam a maior parte dos atenienses que viviam do cultivo do trigo, cevada, vinho e, sobretudo, do azeite . Em volta da cida­de, cultivavam-se produtos agrícolas e, nas montanhas criava-se o gado, especialmente, cabras e carneiros. O artesanato estava muito desenvolvido. Os artesãos fabricavam vasos cerâmicos, estátuas, armas, navios. Para a sua confecção explora­vam o barro, o mármore, a madeira e os minérios. Mas, Atenas tinha falta de cereais e de matérias-primas para o artesanato.